Ora boas...
Por acaso, já repararam nas telenovelas portuguesas??
Eu acho que sei qual é a história da próxima da TVI, e vou-vos contar:
Há duas famílias, uma rica (os maus) e uma humilde (boazinha, coitadinha, cheia de bondade). A filha mais pobre (coitadinha) vai-se encher de amores pelo filho da família rica (que é o único rico, com bom coração)...
Depois de 1000 e alguns muitos episódios, de zaragatas a abarrotar com entretenimento barato e com notícias escandalosas a passar diariamente na revistas semanais: "Maria", "Ana" e "Tv 7 dias", então que o milagre acontece: as duas famílias enchem os corações de bondade e realiza-se o casamento com pompa e circunstância que marca o fim da belíssima e sempre original telenovela portuguesa.
Os dois vivem felizes para sempre, enquanto as famílias vivem unidas, amigas como se não houvesse amanhã.
No entanto, gostaria, se os caros leitores me permitirem, de referir ainda a importância na vida das donas de casa (e também das mulheres que trabalham fora), das idosas que gastam a sua sabedoria preciosa, na tentativa de resolucionar o enigma de mais um episódio. Refiro ainda, caros amigos, que a criançada também ajuda na descoberta científica de mais e mais história, extremamente útil para descobrir curas de doenças, novas formas de construção civil e até como proteger animais em perigo de extinção.
Eis a beleza da novela portuguesa, sempre cheia de glamour, carros fixes e violência.
Sem mais nada a declarar,
Tiago.
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3 comentários:
Mas k granda post
Gostei!!
desisti ver estas novelas porque ja sabia o episodio seguinte...e nao é preiso ter grande imaginação.
continua.
beijo
LOL.
e verdade... já não ha grande imaginação para as telenovelas..
mas na minha opinião, as melhores são as da globo (penso que é esse o nome)! Sim, as brasileiras... :) uma optima que passar em portugal é a Paginas da Vida.
enfim, o melhor é eu nem passar pela TVI pois fico logo deprimida! E quando eu vejo o Angelico na sua imitaçao de TRL omfg... sem comentarios!
:) beijinho ^^
Uma rapariga da cidade, toda não-me-toques, saiu da escola normal e foi colocada aqui numa aldeia do Barroso. Vinha cheia de entusiasmo e apostada em consertar o mundo. Logo nos primeiros dias de aula reparou que um garotito, chamado Abel, tinha a cara cheia de nódoas. Perguntou-lhe:
- Ó Abel, que tens na cara?
- É o meu pai que me bate.
- Porquê?
- Não sei.
- Não sabes? Então conta lá como é que as coisas se passam.
- Eu durmo com os meus pais, eles para a cabeceira, eu para os pés. Quando estamos deitados, o meu pai pergunta: «Ó Abel, já dormes?» Se eu respondo: «Não, senhor.» Ele vem e bate-me.
- Ó maluco, não respondas - aconselhou a professora. - Quando ele te perguntar: «Ó Abel, já dormes?» Tu, mesmo que estejas acordado, finges que estás a dormir e não dizes nada.
No outro dia o garoto apareceu com a cara num bolo.
- Então, Abel?
- A senhora boa ma arranjou.
- Porquê?
- Ontem à noite o meu pai perguntou: «Ó Abel, já dormes? Ó Abel, já dormes?» E eu nada. Diz ele para a minha mãe: «Ó Micas, o rapaz já dorme. Vira para cá o queijo.» Vai eu: «Ó pai, se é queijo, também quero!» Então é que ele me bateu...
In "Histórias de Vermelhinha" de Bento da Cruz
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